Dia de Finados
Foi entre os monges do famoso Mosteiro beneditino de Cluny na França, que surgiu a iniciativa de celebrar uma vez por ano por todos os falecidos (finados) para aliviar-lhes as penas do “purgatório”, isto é da purificação das almas depois da morte. Afinal, a Igreja deve interceder por toda humanidade. Quantos morrem sem ter sequer quem lhes feche os olhos e lhes dê um funeral decente, acompanhado pela piedade de uma oração!
Não cabe aqui esclarecer a história da fé no “purgatório”, mas, é bom recordar a passagem muito iluminativa de São Paulo: “Ninguém pode fazer outro alicerce além do que foi colocado, que é Jesus Cristo. Se alguém constrói sobre este fundamento com ouro, prata pedras preciosas, madeira, palha a obra de cada um vai tornar-se manifesta. O Dia a fará conhecer, porque virá com fogo, e o fogo provará a qualidade da obra de cada um. Se a obra que alguém construiu sobre este alicerce resistir, ele receberá sua recompensa. Se sua obra se consumir, sofrerá sua perda. Ele, contudo será salvo, mas como que,através do fogo..
Em 1915, o Santo Padre Bento XV concedeu a todos os sacerdotes celebrarem em sufrágio dos falecidos, animando a fé na união mística de todos, vivos ou mortos, em Cristo. A liturgia responde à pergunta sobre a vida além da vida: “a vida muda mas não é tirada “. A vida continua! A vida nesta terra é a preparação da vida “no céu, isto é ”nas moradas da Casa do Pai”.
No Lecionarário, a Igreja oferece três esquemas de leituras escolhidas entre as que são apresentadas para as Missas pelos falecidos (exéquias, comemorações), ficando sempre a possibilidade de escolher entre estas as que mais ajudarem à assembléia. Por sua vez, no Missal Romano, encontramos também três formulários distintos de orações.
Recordemos que somos todos um em Nosso Senhor Jesus Cristo e que o poder salvífico do amor de Deus não conhece as barreiras do tempo, Ele é o Pastor Eterno de nossas almas!
Pe. Paiva, SJ –Liturgia e Vida
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